Acordo de princípio para que Kyiv seja representada pela Suíça na Rússia

Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, as modalidades de representação dos interesses da Ucrânia na Federação Russa, por parte da Suíça, seriam ainda determinadas por via de um acordo bilateral.

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Notícias ao Minuto
10/08/2022 20:39 ‧ 10/08/2022 por Notícias ao Minuto

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Guerra na Ucrânia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia chegou a um acordo de princípio com a Suíça, que prevê que este país represente os "interesses ucranianos" em território russo, está a noticiar a agência Ukrinform.

"Em nome do presidente da Ucrânia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chegou a um acordo de princípio com a Suíça sobre a representação dos interesses ucranianos no território da Rússia. A escolha em favor da Suíça foi feita devido à sua vasta experiência no desempenho dessas funções, e estamos gratos ao governo suíço pela sua vontade de prestar os seus serviços", declarou Oleh Nikolenko, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, num comentário fornecido à referida agência.

A mesma fonte destacou também que as modalidades de representação dos interesses da Ucrânia na Federação Russa, por parte da Suíça, seriam ainda determinadas por via de um acordo bilateral.

Este entendimento prevê, em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que a parte anfitriã deverá dar consentimento à representação dos interesses da Ucrânia na Rússia por parte da Suíça.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia prometeu ainda revelar mais pormenores após a conclusão de todo este processo.

A fonte desta tutela disse ainda que a mesma está em conversações com a Embaixada da Suíça na Rússia acerca da possibilidade de prestação de serviços consulares aos ucranianos - que, por exemplo, perderam os seus documentos e que se encontrem em território russo ou que, porventura, tenham sido deportados ilegalmente para o país.

Isto tendo em conta que a Ucrânia cortou as relações diplomáticas com a Rússia no dia 24 de fevereiro - data que fica marcada pelo início da invasão liderada pelo exército de Vladimir Putin, que justificou a mesma como sendo uma tentativa de levar a cabo uma "desmilitarização" e "desnazificação" desta nação.

Oleh Nikolenko garantiu assim, neste sentido, que não existem efetivamente quaisquer missões diplomáticas ucranianas na Rússia.

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