"Falámos do apoio da Federação Russa à transição política maliana e saudei a qualidade da nossa parceria atenciosa da soberania do Mali e das aspirações da sua população", declarou no Twitter o líder maliano.
O Mali tem estado em tumulto desde 2012. A propagação 'jihadista', inicialmente confinada ao norte do país, estendeu-se ao centro e sul do Mali, bem como aos países vizinhos Burkina Faso e Níger.
Os coronéis, que tomaram o poder pela força em agosto de 2020 naquele país africano, relançaram a cooperação com a Rússia depois de se afastarem do antigo aliado francês empenhado na luta contra os 'jihadistas' desde 2013.
Na terça-feira, o Exército maliano recebeu novos equipamentos militares, incluindo cinco aviões e um helicóptero de combate, numa cerimónia oficial com a presença do chefe da junta militar e de militares russos, durante a qual foi elogiada a "parceria mutuamente benéfica com a Federação Russa".
O Mali acolheu em grande número desde o início do ano o que a junta apresenta como instrutores russos.
Alguns países parceiros têm denunciado, por sua vez, o uso pela junta dos serviços da empresa de segurança privada russa Wagner. A junta nega e fala de uma antiga parceria com o Exército russo.
A Rússia havia admitido em maio a presença do grupo Wagner no Mali "com caráter comercial".
Assimi Goïta também recebeu, esta quarta-feira, Amina J. Mohammed, vice-secretária-geral das Nações Unidas, e Mahamat Saleh Annadif, chefe do gabinete das Nações Unidas para a África Ocidental e Sahel, num contexto de tensões com a organização.
Segundo a Presidência maliana, falaram de "preocupações comuns".
Há um mês, 49 soldados costa-marfinenses foram detidos em Bamako, tendo sido acusados pelos militares no poder do Mali de serem "mercenários", o que Abidjan nega, assegurando que estavam em missão para a ONU.
Quarenta e dois militares malianos foram mortos num ataque terrorista no domingo no nordeste do Mali, perto das fronteiras do Burkina Faso e do Níger, segundo informações hoje divulgadas.
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