Fogos consumem 1.700 hectares e cortam circulação ferroviária na Galiza

A Galiza continua a ser ininterruptamente afetada pelos incêndios florestais, com a região de Ourense a registar seis fogos atualmente ativos que já consumiram cerca de 1.700 hectares e obrigaram à interrupção da circulação ferroviária.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
10/08/2022 23:54 ‧ 10/08/2022 por Lusa

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Galiza

Os seis incêndios lavram de forma incontrolável em seis municípios de Ourense, nomeadamente em Carballeda de Valdeorras, Chandrexa de Queixa e Laza, bem como em três localidades da região de O Carballiño, O Irixo, Carballiño (localidade) e Boboras.

Entre os seis fogos, já foram consumidos 1.700 hectares, noticia a agência Efe.

O incêndio de maiores dimensões lavra em Laza e, segundo o último balanço, a Junta da Galiza estima que já arderam 740 hectares.

Este incêndio, juntamente com o de Chandrexa de Queixa, entraram no Parque Natural O Invernadoiro, uma área que já tinha ardido há um mês, sendo que o fogo avança sem controlo.

Pela proximidade das localidades, em concreto de Taboazas, o governo galego decretou a 'situação 2' de alerta ao início da tarde.

Em declarações à agência Efe, o autarca de Laza, José Ramón Barreal, assegurou que o fogo "parece mau", favorecido pela presença do vento que ajudou na sua propagação.

O autarca falou aos jornalistas ao mesmo tempo que esperava que a chuva facilitasse o controlo do incêndio.

José Ramón Barreal alertou ainda para a "clara intencionalidade" do incêndio, que se alastrou em poucas horas ajudado pelo vento.

"O fogo está muito bem pensado, foi plantado em pontos estratégicos. O primeiro foco começou como um incêndio em Chandrexa, dentro de uma hora e meia já havia outro foco em Camba e depois surgiram vários outros na zona do rio, e não se acenderam por acaso", atirou.

Em Carballeda de Valdeorras, os moradores reviveram os piores pesadelos, que ocorreram há apenas um mês, após o grande incêndio que devastou milhares de hectares, tornando-se o segundo maior incêndio da história da Galiza, com 10.500 hectares ardidos.

O fogo atual já consumiu 440 hectares sem controlo nas últimas horas.

Embora a situação seja complicada nestes três municípios, outra zona também preocupante é a região de O Carballiño, na província de Ourense, com vários incêndios ativos nos municípios de O Carballiño, Boborás e O Irixo, que obrigou a Junta a solicitar a 'situação 2', pela proximidade do incêndio a vários núcleos habitacionais.

Devido à proximidade dos fogos com os caminhos de ferro, a circulação ferroviária entre O Irixo e Lalín foi interrompida durante a tarde, sendo também afetados os comboios que circulavam entre Ourense e Santiago de Compostela.

Os autarcas de O Irixo e Boborás garantiram à Efe que vários focos foram causados pela passagem do comboio por essas cidades enquanto outros são intencionais.

Patrícia Torres, autarca de Boborás, especificou que ocorreram de até cinco focos diferentes devido à passagem do comboio.

Por outro lado, a Junta da Galiza deu como controlados os dois incêndios que ocorreram em As Pontes, na Corunha, que consumiram 165 hectares.

O incêndio de Boiro, que devastou 2.200 hectares e obrigou à evacuação de um parque de campismo, também foi controlado, assim como outro grande incêndio, em Verín, depois de ter consumido 600 hectares.

Leia Também: Mais de 1.600 bombeiros nos fogos na Covilhã e Oliveira do Hospital

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