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Central nuclear de Zaporíjia bombardeada. Moscovo e Kyiv acusam-se

Moscovo diz que foi Kyiv a lançar ataque, já a Ucrânia nega e aponta o dedo aos invasores. Zelensky diz que estes ataques poderão provocar um acidente de modo a dar justificação a um ataque nuclear russo.

Central nuclear de Zaporíjia bombardeada. Moscovo e Kyiv acusam-se

A central nuclear de Zaporizhzhia (Zaporíjia) foi esta quinta-feira à tarde novamente bombardeada, segundo avançam os meios internacionais. 

A empresa que opera a central, a Energoatom, indica que a situação está sob controlo.

Terão sido registadas cinco explosões na área do escritório do comandante da estação, junto à zona de soldagem e armazenamento de materiais radioativos.

O bombardeamento não provocou feridos ou danos, mas as acusações mútuas já começaram a surgir. Moscovo acusa os ucranianos de um novo ataque à central que se encontra na região controlada pela Rússia, a fim de retomarem o controlo.

Um membro da administração pró-russa daquela região do sul da Ucrânia, Vladimir Rogov, declarou que "os militantes [do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky] dispararam novamente contra a central nuclear de Zaporijia, a maior da Ucrânia e da Europa".

Já o país invadido aponta o dedo à Rússia e nega ter lançado qualquer bombardeamento contra a central.

Refira-se que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, acusa a Rússia de colocar a Europa em risco com estes ataques orquestrados com o fim de provocar um incidente nuclear e, assim, dar justificação a Putin para lançar um ataque nuclear. 

"A Rússia pode provocar o maior acidente nuclear da história na central Nuclear de Zaporizhzhia e, em termos de consequências reais, isso pode ser ainda mais catastrófico do que Chernobyl", disse o presidente ucraniano num discurso durante uma conferência dos países parceiros da Ucrânia.

Zaporizhzhia já tinha sido atacada duas vezes na semana passada, suscitando preocupação da comunidade internacional.
 
Os ataques contra a nuclear poderão fazer parte da estratégia russa para justificar ofensivas mais graves. Esta não seria a primeira vez que os russos se escudavam nestes ataques - apontados à Ucrânia por Moscovo - para justificar as suas ações.

Recorde-se da operação bandeira falsa de que se falava ainda antes do início da invasão russa à Ucrânia, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro.  

Leia Também: Zelensky insiste em acusar a Rússia de criar risco nuclear em Zaporíjia

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