As autoridades identificaram o clérigo como Rahimullah Haqqani, e, um porta-voz dos talibãs, Bilal Karimi confirmou a morte, referindo-se ao clérigo como "grande personalidade e figura académica".
Karimi disse que Haqqani tinha sido morto por "um ataque brutal do inimigo", sem especificar, mas um funcionário talibã, que pediu anonimato, disse à agência Efe que um indivíduo "transportava explosivos na perna ortopédica" e explodiu perto de Haqqani".
Não houve nenhuma reivindicação imediata da responsabilidade pelo assassinato, no entanto, a filial local do grupo Estado Islâmico tem atacado os talibãs e os civis em ataques desde a tomada de posse do governo talibã no Afeganistão, em agosto passado, quando as tropas dos EUA e da NATO estavam na fase final da sua retirada do país.
Após o atentado, os combatentes talibãs impediram os repórteres em Cabul de chegar ao centro religioso de Haqqani.
As mensagens de condenação dos líderes talibãs não demoraram a chegar, incluindo o porta-voz adjunto do govern, Bilal Karimi, que disse ter recebido "com grande tristeza" a notícia do "martírio" do académico e religioso Haqqani.
Este líder religioso era conhecido pela sua fervorosa oposição ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que alegadamente tinha tentado pôr fim à sua vida em vários ataques no Paquistão.
Haqqani também tinha demonstrado apoio público aos direitos das mulheres, especialmente no que diz respeito à educação e ao trabalho, uma posição que difere da tomada oficialmente pelos talibãs, que desde que retomaram o poder, há um ano, não permitiram que os estudantes do ensino secundário voltassem à sala de aula.
Uma operação liderada pelos Estados Unidos da América derrubou o governo talibã no Afeganistão após os ataques de 11 de setembro de 2001, mas estes voltaram ao poder 20 anos depois, em agosto passado, com a retirada das forças aliadas.
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