O país, que tem uma das piores taxas de criminalidade do mundo, registou 6.424 assassínios de abril a junho, segundo a polícia, acima dos 6.083 registados no primeiro trimestre de 2022.
Em 2021, houve uma média de 65 assassínios por dia.
"O número de homicídios continua alto e preocupante", admitiu o ministro da Polícia, Bheki Cele, numa conferência de imprensa.
Cele acrescentou que "disputas e mal-entendidos", bem como "retaliação e vingança" foram os principais motivos dos assassínios, com a legítima defesa em terceiro lugar.
Fazer justiça com as próprias mãos é um fenómeno crescente na África do Sul, onde a maioria da população não pode pagar os serviços de empresas de segurança privada, que trabalham para pessoas com elevados rendimentos.
Além disso, os moradores costumam reclamar da lentidão da resposta da polícia e da sua incapacidade na contenção do crime.
Dois suspeitos foram apedrejados até à morte e os corpos queimados por turbas na província de Limpopo na quarta-feira depois de terem tentado sequestrar uma mulher, disse a polícia.
Multidões furiosas também caçaram menores e imigrantes ilegais nas últimas semanas, após a violação coletiva de oito mulheres na parte oeste de Joanesburgo em julho.
As violações diminuíram cerca de 5% no segundo trimestre de 2022, mas o total ainda continua muito alto, com 9.516 casos registados, ou mais de 100 por dia.
Leia Também: Sobe para 34 o número de suspeitos de instigarem motins na África do Sul