Funcionários do Governo norte-americano disseram à Associated Press, sob condição de anonimato, que o pacote deve ser anunciado na quarta-feira, dia em que a guerra atinge a marca de seis meses e a Ucrânia comemora o seu Dia de Independência.
A assistência de longo prazo deverá incluir a permanência de tropas norte-americanas na Europa e ajuda financeira para treino e equipamento para as forças ucranianas combaterem nos próximos anos, incluindo drones, armas e outros equipamentos que poderão estar na frente de batalha dentro de um ano ou dois.
Até o momento, os EUA forneceram cerca de 10,6 mil milhões de dólares (10,6 mil milhões de dólares) em ajuda militar à Ucrânia desde o início do Governo Biden, incluindo 19 pacotes de armas retirados diretamente dos stocks do Departamento de Defesa desde agosto de 2021.
O valor total do pacote de ajuda a anunciar na quarta-feira -- que está a ser fornecido ao abrigo da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia -- pode ainda ser ajustado.
Ao contrário da maioria dos pacotes anteriores, o novo financiamento visa em grande parte ajudar a Ucrânia a garantir a sua postura de defesa de médio a longo prazo, de acordo com Washington.
As remessas anteriores, a maioria delas feitas ao abrigo da autoridade presidencial, concentraram-se nas necessidades mais imediatas da Ucrânia de armas e munições e envolveram material que o Pentágono já possui em stock e pode ser enviado em pouco tempo.
Além de fornecer assistência de longo prazo que a Ucrânia pode usar para potenciais necessidades de defesa futuras, o novo pacote destina-se a tranquilizar Kyiv de que os Estados Unidos pretendem manter o seu apoio, independentemente dos avanços e recuos diários do atual conflito, adiantaram as mesmas fontes.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
Na guerra, que hoje entrou no seu 181.º dia, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.
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