O voo, da companhia aérea israelita Arkia, em direção às ilhas Seychelles, partiu de madrugada do aeroporto Ben Gurion, perto de Telavive, e voou ao longo da costa saudita do Mar Vermelho, reduzindo assim o tempo de viagem em 20 minutos.
Desde os Acordos de Abraão de 2020 - mediados pelos Estados Unidos, e com os quais Israel normalizou as relações com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein -, a Arábia Saudita permitiu que as companhias aéreas israelitas passassem a usar o seu espaço aéreo, desde que o seu destino fosse um desses dois países.
Mas essa autorização foi estendida no mês passado, quando a Arábia Saudita tomou a decisão sem precedentes de abrir totalmente o seu espaço aéreo para todos os voos civis de Israel, independentemente do destino.
O anúncio desta decisão ocorreu durante a recente viagem ao Médio Oriente do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que tem mediado uma reaproximação entre Israel e a Arábia Saudita, que não mantêm relações diplomáticas.
Israel quer que a Arábia Saudita concorde em normalizar as relações bilaterais e olha para a decisão de abrir o espaço aéreo como um primeiro passo, algo que Riade nega.
A possibilidade de sobrevoar a Arábia Saudita também permite que as companhias aéreas israelitas reduzam significativamente a duração do trajeto das viagens para a Ásia, embora, para encurtá-las ainda mais, tenham de passar por Omã, outro país da região com o qual Israel não mantém relações diplomáticas.
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