"Não vamos parar de fazer amigos apenas por causa das ameaças feitas pela China a Taiwan", disse Wu, em declarações à imprensa estrangeira.
Pequim executou manobras militares terrestres e marítimas, numa escala sem precedentes, em retaliação pela visita a Taiwan da líder da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, no início de agosto, elevando as tensões para o nível mais alto nas últimas décadas.
Três políticos dos EUA viajaram para Taiwan a seguir à deslocação de Pelosi, incluindo a senadora Marsha Blackburn, que reuniu hoje com a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen.
Pequim, que considera Taiwan uma província sua, vê as visitas de alto nível à ilha como uma interferência nos seus assuntos e um reconhecimento de facto da soberania do território, reagindo com crescente agressividade.
Joseph Wu disse que a demonstração de força da China foi contraproducente e que as visitas de dignitários estrangeiros a Taiwan se vão intensificar.
"Devido à pressão militar que a China está a exercer sobre Taiwan, mais pessoas do que nunca querem vir e mostrar o seu apoio", disse Wu.
"Muitos amigos internacionais já nos informaram que estão muito interessados em visitar Taiwan, com o objetivo muito simples de mostrar a sua solidariedade", frisou.
Blackburn, uma republicana e firme defensora do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a sua viagem tinha como objetivo "enviar uma mensagem a Pequim: não seremos intimidados".
"Estes gestos calorosos (...) e estas manifestações resolutas de apoio reforçam a determinação de Taiwan em se defender", declarou a presidente de Taiwan, após reunir com a senadora.
Outra delegação do Congresso, liderada pelo senador Ed Markey, visitou Taiwan logo após Nancy Pelosi, enquanto a China executava manobras militares. Também o governador republicano do Estado de Indiana, Eric Holcomb, se deslocou à ilha esta semana.
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