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Direitas italianas superam divergência sobre chefia de futuro governo

Os líderes do partidos políticos italianos da extrema-direita, Giorgia Meloni (Irmãos de Itália) e Matteo Salvini (Liga), anunciaram uma reconciliação depois de um novo desentendimento sobre a chefia de um futuro governo saído das eleições de setembro.

Direitas italianas superam divergência sobre chefia de futuro governo
Notícias ao Minuto

17:30 - 30/08/22 por Lusa

Mundo Itália

As sondagens mostram que uma coligação de direita tem fortes possibilidade de vitória nas eleições gerais marcadas para 25 de setembro e Meloni, de 45 anos, pretende tornar-se a primeira mulher a liderar um Governo em Itália, enquanto Salvini, 49 anos, também espera tornar-se primeiro-ministro.

Horas antes do jantar, Salvini tinha dito que ficaria muito "orgulhoso" em vir a ser o próximo primeiro-ministro, o que causou desconforto entre os dirigentes do Irmãos de Itália.

Após o jantar, Salvini Salvini disse que o líder partidário que conseguir mais votos em setembro deve tornar-se o candidato a primeiro-ministro a ser escolhido pelo Presidente Sergio Mattarella e colocou nas redes sociais uma "foto de paz", onde aparece a abraçar Meloni, ambos sorrindo e com o mar atrás de si.

"Vamos deixar as divisões, raivas e polémicas para a esquerda", comentou Salvini, na legenda da fotografia.

Meloni divulgou a mesma foto e escreveu "(esta é) a melhor resposta às invenções da esquerda sobre alegadas divisões".

Neste momento, as sondagens indicam que os Irmãos de Itália têm duas vezes mais hipóteses de vencer do que a Liga (25% contra 12,5%), o que significa que o acordo entre os dois partidos entregaria a liderança do Governo a Meloni.

Os dois políticos divergiram sobre a coligação do primeiro-ministro demissionário, Mario Draghi, que ambos apoiavam e cuja queda precipitou a realização de eleições.

A terceira parte na eventual coligação de direita poderá ser o partido Força Itália, do antigo primeiro-ministro e magnata dos 'media' Silvio Berlusconi, que aparece nas sondagens com cerca de 7%.

Juntos, os três partidos poderão obter entre 45% e 47% dos votos, nas eleições de 25 de setembro, bem acima dos 30% indicados pelas sondagens para a aliança de centro-esquerda liderada pelo Partido Democrático do ex-primeiro-ministro Enrico Letta.

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