A transmissão do vírus Monkeypox entre humanos pode ser erradicada da Europa, considerou, esta terça-feira, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, que deu o caso de Portugal como exemplo.
Em conferência de imprensa, o responsável frisou que já foram contabilizados mais de 22 mil casos de infeção em 43 países da região europeia da OMS, o que representa um terço do total de infeções em todo o mundo.
No entanto, “há sinais encorajadores, como verificado em França, Alemanha, Portugal, Espanha, Reino Unido, e outros países, de que o surto pode estar a abrandar”, disse Kluge. “Para avançarmos para a eliminação na nossa região, precisamos urgentemente de intensificar os nossos esforços”, acrescentou.
“Acreditamos que podemos eliminar a transmissão sustentada entre humanos de Monkeypox na região se nos comprometermos a fazê-lo e a colocar os recursos necessários para esse fim”, disse ainda, recomendando a manutenção de medidas de vigilância, a vacinação e a identificação de contactos de risco.
Foi neste contexto que Hans Kluge citou o caso de Portugal, que “na ausência de uma verdadeira campanha de vacinação” conseguiu “travar o aumento do número de casos através de mudanças de comportamento e envolvimento com as comunidades”.
Em Portugal, foram confirmados mais 36 casos do vírus na última semana, aumentando para 846 o número total de casos, revelou na quinta-feira a Direção-Geral da Saúde. Do total de casos confirmados até 17 de agosto, 729 já foram reportados no SINAVEmed. A maioria dos infetados (42%) tem entre 30 e 39 anos e são do sexo masculino (99,2%). Registam-se ainda seis casos reportados no sexo feminino.
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