Rebeldes do Tigray denunciam nova operação de exércitos etíope e eritreu

O porta-voz da Frente Popular de Libertação do Tigray (FPLT), Getachew Reda, denunciou hoje uma nova operação militar dos exércitos da Etiópia e da Eritreia em Adiyabo, no noroeste daquela região etíope.

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Lusa
01/09/2022 12:01 ‧ 01/09/2022 por Lusa

Mundo

Etiópia

 

"As forças inimigas estão a atacar de Fiqya Gebre a Ademeyti; de Selamo a Sheraro; de Gobo Tsin'at a Irda Matheos e AdiAser; e (há) bombardeamento pesado em Adi Goshu. As nossas forças corajosas estão a defender as suas posições", afirmou Redá, na sua página oficial na rede social Twitter.

A FPLT denunciou também hoje, em comunicado, que a companhia aérea estatal etíope Ethiopian Airlines está a usar os seus aviões para o transporte de armas, garantido que a empresa fez seis voos em 30 de agosto, outros seis um dia depois e tem ainda outros 25 programados para hoje.

A companhia aérea já tinha negado, em 2021, ter transferido equipamento militar no valor de dezenas de milhares de dólares para a Eritreia, após informações publicadas pela cadeia de televisão americana CNN que mostrava fotografias do referido transporte.

A FPLT também tem denunciado repetidas vezes a presença de tropas da Eritreia naquela região etíope, apoiando as forças governamentais, o que foi negado por Adis Abeba e Asmara. No entanto, tanto a União Europeia (UE) como os Estados Unidos pediram a sua retirada, embora a Eritreia tenha sempre defendido que não envia tropas para o país vizinho.

Na semana passada, a FPLT denunciou outra série de ataques, com os bombardeamentos a incidirem sobre uma área residencial, em Mekelle, capital de Tigray, que faria parte de uma operação de "grande escala" do Governo etíope, liderado por Abiy Ahmed. As Nações Unidas confirmaram várias mortes, incluindo as de algumas crianças.

Nas últimas semanas, as Forças Armadas da Etiópia retomaram as suas operações na zona norte do país, onde o FPLT denunciou o início de uma "ofensiva de grande envergadura".

A Força Aérea confirmou o abate de um avião que tinha entrado a partir do Sudão e supostamente transportava armas para o grupo rebelde.

Desde o seu início, em novembro de 2020, a guerra no norte da Etiópia já levou à morte de vários milhares de pessoas, e deslocou mais de dois milhões, mergulhando centenas de milhares de etíopes em condições de quase fome, de acordo com as Nações Unidas.

As tréguas alcançadas no final de março, e agora novamente interrompidas, permitiram o recomeço gradual da entrega de ajuda humanitária por estrada a Tigray, após três meses de interrupção.

Leia Também: Guerra no norte da Etiópia agrava-se com nova frente junto ao Sudão

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