Os ministros das Finanças do G7 concordaram, esta sexta-feira, impor um limite de preço ao petróleo russo. O objetivo, segundo um comunicado divulgado pelo grupo das sete maiores economias do mundo, é “reduzir as receitas russas e a capacidade da Rússia para financiar a sua guerra”, além de “minimizar as repercussões económicas negativas, especialmente nos países de rendimento baixo e médio”.
“Hoje confirmamos a nossa intenção política conjunta de finalizar e implementar uma proibição abrangente de serviços que permitam o transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos de origem russa a nível mundial - a prestação de tais serviços só seria permitida se o petróleo e produtos petrolíferos fossem adquiridos a um certo preço (‘o preço limite’) determinado pela vasta coligação de países que adiram e implementem o limite de preços”, lê-se.
A medida permitirá “ampliar o alcance das sanções existentes”, entre as quais o sexto pacote de sanções da União Europeia, “assegurando a coerência através de um forte quadro global”.
Today the @G7 finance ministers issued a joint statement on the extension to the #G7 of the services ban related to the export of Russian oil and petroleum products in combination with a price cap. ️ https://t.co/GuqoUea8hb #Sanctions
— Bundesministerium der Finanzen (@BMF_Bund) September 2, 2022
“Congratulamo-nos com a decisão da União Europeia de explorar com parceiros internacionais formas de conter o aumento dos preços da energia, incluindo a viabilidade da introdução de ‘tetos’ máximos temporários de preços de importação”, acrescentam os ministros das Finanças.
A decisão do G7 surge após o governo russo ameaçar cortar o fornecimento de petróleo aos países que decidirem limitar o preço daquele combustível”. "Se estabelecerem restrições aos preços, simplesmente não forneceremos petróleo e derivados a empresas ou países que impõem restrições", disse ontem o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de 5.600 civis morreram e oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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