"A UE toma nota do compromisso expresso pelo Presidente [do Chile, Gabriel] Boric e por todo o espetro político sobre a necessidade de prosseguir o processo constitucional, de acordo com o desejo do povo chileno de uma nova solução constitucional, que reúna o apoio de uma larga maioria dos cidadãos", indicou o Serviço de Ação Externa do bloco comunitário num comunicado.
A diplomacia comunitária reagiu assim perante a vitória do 'Não' à proposta de uma nova Constituição no Chile, com quase 62% dos votos, resultado que se traduz na manutenção, por enquanto, da atual lei fundamental, redigida em 1980 pela ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990) e parcialmente revista em democracia, em 2005, durante o mandato do então Presidente Ricardo Lagos (2000-2006).
"A UE tem a intenção de continuar a fortalecer a sua relação com o Chile, assente na nossa parceria de longa data e nos nossos valores e interesses partilhados, e está pronta para partilhar a sua experiência na construção de sociedades democráticas mais inclusivas e prósperas", acrescentou o Serviço de Ação Externa da UE na nota de imprensa.
A diplomacia comunitária reiterou também a sua vontade de "concluir a modernização do Acordo de Associação UE-Chile".
"[A revisão desse acordo] abrirá caminho para aprofundar mais ainda a nossa ampla cooperação em áreas como o multilateralismo, a democracia, os direitos humanos, a igualdade de género e a ação climática, o desenvolvimento inclusivo e sustentável e novas oportunidades comerciais", concluiu.
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