"As três reféns foram oficialmente entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha na Praça Saraya, no bairro de al-Rimal, na parte ocidental da cidade de Gaza, depois de um membro da equipa da Cruz Vermelha se ter encontrado com elas e verificar o seu estado", disse.
Entretanto, Israel revelou já ter a confirmação por parte da Cruz Vermelha de que recuperou, efetivamente, as três reféns israelitas.
"A Cruz Vermelha informou que as três reféns israelitas lhes foram entregues e estão a caminho de Israel", salientou um comunicado militar publicado, então, pouco depois de um dirigente do Hamas ter dito à AFP que as três jovens tinham sido entregues.
Estas três mulheres - Emily Damari, Doron Steinbrecher e Romi Gonen - vão ser libertadas após 471 dias de cativeiro em troca de 90 prisioneiros palestinianos, segundo o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.
As três têm nacionalidade israelita, sendo que Damari conta com nacionalidade britânica e Steibrecher com nacionalidade romena.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11h15 locais (9h15 em Lisboa), com quase três horas de atraso em relação ao previsto.
A Faixa de Gaza deverá conhecer uma trégua, pela primeira vez desde novembro de 2023, após o acordo alcançado por Israel e pelo Hamas para parar temporariamente as hostilidades e facilitar a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.
Israel exigiu que o Hamas entregasse os nomes dos três reféns israelitas que o movimento islamista palestiniano deveria entregar esta tarde nos termos do acordo.
O Hamas atribuiu o atraso a "razões técnicas", num processo complexo em que tem de entregar primeiro os nomes à mediação do Qatar, que por sua vez os comunica aos serviços secretos israelitas e, a partir daí, às famílias.
O ataque de 07 de outubro de 2023 ao sul de Israel, liderado pelo Hamas, matou cerca de 1.200 pessoas e deixou outras 250 em cativeiro. Cerca de 100 reféns permanecem em Gaza.
Israel respondeu com uma ofensiva que matou mais de 46.000 palestinianos, segundo as autoridades sanitárias locais, que não distinguem entre civis e militantes, mas afirmam que as mulheres e as crianças representam mais de metade dos mortos.
[Notícia atualizada às 15h58]
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