"Uma das carruagens que transportavam civis no referido comboio explodiu em contacto com um engenho explosivo improvisado. O número provisório de mortos às 17:00 (18:00 de Lisboa) dá conta de 35 mortos e 37 feridos, todos civis", refere o comunicado do governador Rodolphe Sorgho.
Estes comboios, escoltados pelo exército, abastecem as cidades do norte que estão sujeitas a bloqueios de grupos jihadistas, adiantou a agência France-Presse.
"Os elementos de escolta rapidamente protegeram o perímetro e tomaram medidas para ajudar as vítimas. Os feridos foram tratados e os casos graves foram evacuados para as estruturas apropriadas", avançou o comunicado, acrescentando que o comboio estava a sair do norte do país para seguir para a capital Ouagadougou.
No início de agosto, quinze soldados foram mortos no mesmo eixo Djibo-Bourzanga num duplo ataque com um engenho explosivo improvisado.
Nas últimas semanas, grupos jihadistas dinamitaram diversos locais nas principais estradas que levam às duas grandes cidades do norte do Burkina Faso, Dori e Djibo, numa tentativa de as isolar.
O Burkina Faso, onde os militares tomaram o poder em janeiro, prometendo fazer da luta contra os jihadistas a sua prioridade, enfrenta, assim como vários países vizinhos, a violência dos movimentos armados ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico, que já causaram milhares de mortos e cerca de dois milhões de deslocados desde 2015.
Mais de 40% do território do Burkina Faso está fora do controlo do Estado, segundo dados oficiais, e os ataques multiplicaram-se desde o início do ano.
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