Dentistas franceses condenados por mutilações em massa e fraude

Segundo o serviço de saúde francês, que terá suportado parte dos custos das suas operações, o dentista terá aplicado 28 vezes mais próteses dentárias do que os restantes profissionais da área.

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Notícias ao Minuto
09/09/2022 09:44 ‧ 09/09/2022 por Notícias ao Minuto

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França

Uma dupla de dentistas franceses, composta por pai e filho, foi, na quinta-feira, condenada após ter passado anos a remover desnecessariamente os dentes de centenas de doentes. Pai e filho terão também colocado próteses dentárias caras nos seus clientes, muitos dos quais ficaram desfigurados e em dor constante.

Lionel Guedj, de 42 anos, terá aberto uma clínica dentária num bairro pobre de Marselha, trabalhando durante seis anos ao lado do pai, Carnot Guedj, antes de ser acusado de mutilar os seus pacientes de forma deliberada, em 2012, diz a AFP.

No final do julgamento, em abril, a acusação apontou que o homem realizou cerca de 3,900 operações em 327 pessoas saudáveis, obrigando-as a substituir os seus dentes por próteses dentárias. Era, por isso, o dentista mais bem pago em França, tendo amealhado 2,9 mil milhões de euros, em 2010.

Segundo o serviço de saúde francês, que terá suportado parte dos custos das suas operações, o dentista terá aplicado 28 vezes mais próteses dentárias do que os restantes profissionais da área.

Em julgamento, Lionel terá assegurado que nunca teve a intenção de causar dor aos pacientes. Por sua vez, a juíza Celine Ballerini apontou que os homens estabeleceram um esquema “sistemático” que destruiu as vidas de muitas pessoas, que não aguentavam sorrir e sofriam com “dores intoleráveis”.

O homem foi condenado a oito anos de prisão, enquanto o pai terá de cumprir uma pena de cinco anos.

Leia Também: Burro foi domesticado há 7.000 anos em África, segundo estudo francês

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