As autoridades do Paquistão estão a tentar proteger uma central elétrica, no distrito de Dadu, situado na província de Sindh, fornecedora de eletricidade a milhões de pessoas e energia a seis distritos, que se encontra ameaçada devido às inundações, revelaram esta segunda-feira.
Como tal, segundo a Reuters, está a ser construído um dique em frente à central, para enfrentar as inundações provocadas pelas chuvas recordes das monções e o derretimento glacial que afetaram 33 milhões de pessoas.
Perante esta catástrofe, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa enviou ao homólogo paquistanês, Arif Alvi, "uma mensagem de condolências e solidariedade pelas trágicas consequências provocadas pelas cheias que assolaram aquele país".
Também o secretário-geral das Nações Unidas António Guterres se expressou, durante uma visita ao Paquistão, ao revelar que nunca tinha visto um desastre climático como o que o país enfrenta atualmente, considerando que se trata de uma "carnificina climática".
Como resultado, registam-se já quase 1.400 mortes e cerca de 12.720 feridos. Quanto aos prejuízos, de acordo com a Agência Nacional de Gestão de Desastres, entre as casas, estradas, caminhos-de-ferro, gado e culturas danificados, o valor ronda o equivalente a 29,5 mil milhões de euros.
As inundações também destruíram alguns dos principais monumentos paquistaneses, incluindo o Mohenjo Daro, considerada uma das construções urbanas mais antigas e melhor preservadas no sul da Ásia.
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