Moscovo e Erevan querem "estabilizar situação" entre Arménia e Azerbaijão
Moscovo e Erevan afirmaram-se hoje comprometidos em tomar medidas para "estabilizar a situação" na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, palco de grandes confrontos desde a segunda-feira, segundo um comunicado do Ministério da Defesa arménio.
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Mundo Azerbaijão
Numa conversa telefónica com seu homólogo russo, Sergei Shoigu, o ministro da Defesa arménio, Souren Papikian, "apresentou a situação resultante da agressão em larga escala do Azerbaijão", refere a tutela.
Os dois homens "concordaram em tomar as medidas necessárias para estabilizar a situação", acrescenta-se no comunicado.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, pediu hoje à Arménia que "pare com as suas provocações" contra o Azerbaijão, após a retomada de intensos combates na fronteira entre os dois países.
"A Arménia deve parar as suas provocações e concentrar-se em negociações de paz e cooperação" com Baku, disse o ministro turco numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Já o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, já pediu hoje ao Presidente russo, Vladimir Putin, ao chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, e ao chefe diplomático norte-americano, Antony Blinken, que reajam "à agressão" do Azerbaijão.
Durante conversações separadas, Pashinian disse que espera "uma resposta adequada da comunidade internacional", uma vez que estão em curso, de acordo com o Governo de Erevan, confrontos na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão.
O Ministério da Defesa da Arménia denunciou na segunda-feira um ataque do Azerbaijão com artilharia e 'drones' contra várias cidades arménias, perto da fronteira comum.
As autoridades arménias já tinham denunciado os preparativos do Azerbaijão para uma "provocação" militar na fronteira com a Arménia.
Os dois países disputam várias zonas de fronteira, incluindo o território de Nagorno-Karabakh, um enclave no Azerbaijão ocupado pela Arménia, que provocou um violento conflito armado entre 1993 e 1994, com milhares de vítimas, antes de um cessar-fogo que foi violado diversas vezes.
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