França leva à ONU confrontos na fronteira entre Arménia e Azerbaijão

A França apresentará ao Conselho de Segurança da ONU a situação entre Arménia e Azerbaijão, após os novos confrontos que resultaram em pelo menos 49 soldados arménios mortos, anunciou hoje o Palácio do Eliseu.

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Lusa
13/09/2022 12:11 ‧ 13/09/2022 por Lusa

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"A França levará a situação ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual atualmente detém a presidência", declarou o Eliseu, após uma conversa telefónica entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, na madrugada de hoje.

O Presidente Macron continua a pedir "estrito respeito pelo cessar-fogo e respeito pela integridade territorial da Arménia", acrescentou a Presidência francesa.

Macron declarou "estar disponível" para discutir com o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, e "à disposição das partes para que todas as questões relacionadas e resultantes deste conflito sejam resolvidas exclusivamente por meio da negociação".

A Rússia, que reivindica o papel de árbitro entre as Repúblicas do Cáucaso, anunciou hoje que negociou um acordo de cessar-fogo, que está em vigor desde às 09:00, horário de Moscovo (07:00 em Lisboa), que não foi confirmado ainda nem por Baku e nem por Erevan.

Pelo menos 49 militares arménios foram mortos em confrontos na fronteira com o Azerbaijão desde a segunda-feira, anunciou hoje o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, durante um discurso no Parlamento arménio, em Erevan.

"Os combates continuam em uma ou duas direções", disse Pashinian ao parlamento, mas "a intensidade das hostilidades diminuiu" na manhã de hoje, declarou o primeiro-ministro arménio.

O Azerbaijão também já admitiu "perdas" durante esses confrontos, que tiveram início na segunda-feira, sem especificar o número exato de vítimas.

Nikol Pashinian também pediu hoje, para além do chefe de Estado francês, ao Presidente russo, Vladimir Putin, e ao chefe diplomático norte-americano, Antony Blinken, que reajam "à agressão" do Azerbaijão.

Durante conversações separadas, Pashinian disse que espera "uma resposta adequada da comunidade internacional", uma vez que estão em curso, de acordo com o Governo de Erevan, confrontos na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão desde a segunda-feira.

O Ministério da Defesa da Arménia denunciou na segunda-feira um ataque do Azerbaijão com artilharia e 'drones' contra várias cidades arménias, perto da fronteira comum.

As autoridades arménias já tinham acusado o Azerbaijão de "provocação" militar na fronteira com a Arménia.

Os dois países disputam várias zonas de fronteira, incluindo o território de Nagorno-Karabakh, um enclave no Azerbaijão ocupado pela Arménia, que provocou um violento conflito armado entre 1993 e 1994, com milhares de vítimas, antes de um cessar-fogo que foi violado diversas vezes.

Leia Também: Arménia e Azerbeijão preparam conversações de paz sobre Nagorno-Karabakh

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