O governo municipal de Pequim anunciou que funcionários e estudantes devem apresentar um teste negativo para o novo coronavírus realizado nas últimas 48 horas para regressarem ao trabalho e à escola, após o feriado do festival de meados do outono.
Este reforço das medidas acabou por suscitar hoje de manhã alguma confusão na capital chinesa, à medida que os passageiros eram impedidos de embarcar nos transportes públicos.
Pequim está em alerta desde a semana passada, quando um novo surto da doença covid-19 atingiu vários 'campus' universitários.
As autoridades encerraram a Universidade de Comunicação da China, no distrito de Chaoyang, e colocaram várias pessoas em isolamento.
Esta situação acontece a poucas semanas da cidade acolher o 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, que arranca a 16 de outubro.
Trata-se do mais importante evento da agenda política da China, que é realizado a cada cinco anos.
Pequim registou 16 casos, nas últimas 24 horas, entre os quais seis infeções assintomáticas.
A China mantém uma estratégia de zero casos de covid-19. Isto inclui o bloqueio de distritos e cidades inteiras, sempre que é detetado um caso, o isolamento de todos os casos positivos e contactos diretos em instalações designadas pelo Governo, e a testagem de toda a população.
Várias cidades em redor da capital chinesa também estão em alerta.
As autoridades de Sanhe, na província de Hebei, anunciaram um bloqueio de quatro dias, a partir de hoje, e quatro rondas de testes em massa, após terem diagnosticado um caso.
Serviços de transporte público foram também suspensos.
"Todos os blocos residenciais devem deixar apenas uma porta de acesso aberta, com funcionários a vigiar 24 horas por dia. Os residentes não devem sair a menos que tenham uma emergência médica", lê-se num comunicado do governo local.
Centenas de milhares de pessoas vivem nas cidades em redor de Pequim, incluindo Sanhe, onde as rendas são mais baratas.
Várias cidades do país intensificaram os bloqueios e impuseram restrições mais rígidas às viagens domésticas. As autoridades chinesas pediram às cidades -- mesmo as que não têm surtos -- que testem regularmente a população até ao final de outubro.
Na sexta-feira, a vice-primeira-ministra Sun Chunlan, que supervisiona as medidas de combate à covid-19, instruiu os funcionários do Conselho de Estado a tomarem "medidas resolutas" para controlar o vírus o mais rápido possível e minimizar os efeitos nas comunidades.
As autoridades de saúde de Pequim também reiteraram que quem chegar à cidade deve fazer dois testes em três dias, incluindo um dentro de 24 horas após a chegada.
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