Enviado russo conseguiu traçar um acordo de paz mas Putin recusou

Putin rejeitou acordo provisório antes da guerra e prosseguiu com a invasão.

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Notícias ao Minuto
14/09/2022 21:43 ‧ 14/09/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O enviado principal de Vladimir Putin à Ucrânia disse ao líder russo, no início da guerra, que tinha feito um acordo provisório com Kyiv que satisfaria a exigência da Rússia de que a Ucrânia se mantivesse fora da NATO, mas Putin rejeitou-o e prosseguiu com a invasão.

Segundo noticia a Reuters, Dmitry Kozak foi enviado para a Ucrânia para obter um acordo de paz que beneficiasse a Rússia, sendo que  foi isso que aconteceu. Mas ainda assim, Putin recusou o acordo.

A Ucrânia estava disposta a ficar fora da NATO, mas Putin terá mudado de ideias e ordenou que o acordo fosse cancelado para prosseguir com a “operação militar especial”, afirmam três fontes próximas de Putin à Reuters. 

“Depois de 24 de fevereiro, Kozak recebeu carta branca: deram luz verde; ele conseguiu o acordo e trouxe o acordo de volta para a Rússia e disseram-lhe para ir embora. Estava tudo cancelado. Putin mudou simplesmente o plano à medida que avançava”, relata uma das fontes.

Questionado com tais factos, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: "Isso não tem absolutamente nenhuma relação com a realidade. Nunca tal coisa aconteceu. É uma informação absolutamente incorreta".

Já Kozak não respondeu aos pedidos de comentários enviados através do Kremlin.

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, disse que a Rússia tinha utilizado as negociações como cortina de fumo para se preparar para a invasão, mas não respondeu a perguntas sobre o conteúdo das conversações nem confirmou que tinha sido alcançado um acordo preliminar. "Hoje, compreendemos claramente que o lado russo nunca esteve interessado numa solução pacífica", disse Podolyak.

Leia Também: Mais 30 britânicos na 'lista negra' de Moscovo por "notícias antirrussas"

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