O presidente da Ucrânia garantiu, esta quinta-feira, que serão dadas mais informações nos próximos dias sobre a vala comum encontrada em Izyum, cidade que esteve ocupada pelos soldados russos e que foi nestes últimos dias libertada.
"As ações legais já começaram. Mais informações - claras e verificadas - deverão estar disponíveis amanhã", explicou Volodymyr Zelensky no seu discurso habitual diário.
De acordo com o líder ucraniano vão ainda estar jornalistas nacionais e internacionais no local, que foi comparado a Bucha ou Mariupol.
"Queremos que o mundo saiba o que realmente está a acontecer e o que a ocupação russa fez. Bucha, Mariupol, agora, infelizmente, Izyum... A Rússia deixa a morte em todo o lado. E deve ser responsável por isso. O mundo deve responsabilizar a Rússia por esta guerra. Faremos tudo para isso", referiu.
New mass grave has been found in Izyum. Most of people were likely killed during the Russian shelling of he city. Unfortunately, the more UA territory will be deoccupied, the more horrible scenes we will see. pic.twitter.com/XPAv6xTSzJ
— Giorgi Revishvili (@revishvilig) September 15, 2022
A existência de mais de 440 corpos numa vala comum foi comunicado esta tarde e de, acordo com o que o responsável pela investigação disse à Sky News, os corpos serão exumados e levados para exames forenses.
"Sabemos que alguns foram mortos [a tiro], alguns por causa de minas. Alguns de ataques aéreos. Alguns dos corpos ainda não foram identificados", acrescentou.
Tal como se pode ver nas fotos partilhadas nas redes sociais, muitas das sepulturas estão apenas identificadas com números.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo p russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.827 civis mortos e 8.421 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Veja as imagens acima.
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