"Abateremos todos aqueles que vierem ao nosso território com armas nas mãos - seja voluntariamente ou por mobilização. Nenhuma declaração da liderança político-militar do país agressor irá afetar a nossa disposição de lutar pela nossa liberdade", escreveu no Facebook Zaluzhny, que raramente fala à imprensa ou utiliza as redes sociais.
Zaluzhny afirmou que o anúncio de "mobilização parcial" feito hoje por Putin "não assustou" a Ucrânia.
"A ofensiva em larga escala do inimigo não nos assustou. Além disso, estamos unidos e estamos preparados para enfrentar adequadamente o inimigo. O anúncio da mobilização na Rússia é prova disso", acrescentou o general ucraniano, citado pela agência noticiosa local UNIAN.
Putin anunciou hoje a mobilização parcial de 300.000 reservistas, tendo recordado a importância do arsenal nuclear da Rússia como argumento face à contraofensiva ucraniana.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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