O país nórdico já reduziu para um décimo, em setembro, o número de vistos concedidos a russos, em resposta à invasão da Ucrânia por Moscovo, mas é atualmente o único membro da União Europeia que faz fronteira com a Rússia a permitir a entrada de cidadãos russos com vistos Schengen.
Nesse sentido, o Governo finlandês "decidiu preparar uma solução nacional para limitar ou impedir completamente esse trânsito de turistas russos", disse o ministro dos Assuntos Estrangeiros, Pekka Haavisto.
As medidas "podem incluir nova legislação, a ser adotada muito rapidamente, ou uma interpretação da lei em vigor", acrescentou.
"A Finlândia não quer ser um país de trânsito para os vistos Schengen emitidos por outros países. Pretendemos controlar esse tráfego", afirmou o ministro.
Helsínquia reclama uma decisão europeia concertada, mas "não pode estar segura de que a mesma aconteça rapidamente", frisou Haavisto.
Segundo uma sondagem publicada na quarta-feira pelo jornal Ilta-Sanomat, cerca de 70% dos finlandeses querem o fim da emissão de vistos turísticos para cidadãos russos.
Após o anúncio feito por Vladimir Putin, de mobilização de centenas de milhar de reservistas para relançar a ofensiva russa na Ucrânia, o tráfego na fronteira estava "normal", de acordo com a guarda fronteiriça finlandesa.
A situação "não mudou significativamente", escreveu aquela unidade no Twitter, negando rumores que circulam na internet sobre filas com vários quilómetros de extensão para entrar no país.
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