Meloni falava no comício de encerramento da campanha eleitoral em Roma, na presença dos aliados da coligação, Matteo Salvini (Liga) e Silvio Berlusconi (Força Itália), numa altura em que as mais recentes sondagens dão a vitória à frente dos três partidos da direita com ampla vantagem.
No comício, Meloni afirmou que a Itália será "um parceiro sério e de confiança" na Europa, começando pela defesa do povo ucraniano da agressão russa, defendendo também que, com a direita no poder, Roma pedirá "com maior veemência" que os Estados ocidentais distribuam os benefícios financeiros de forma equitativa e que criem um Fundo de Compensação para ajudar os países mais atingidos pela guerra na Ucrânia.
No discurso, moderado, que encerrou o comício Meloni afirmou: "estamos prontos, e vocês verão isso a 25 de setembro, até ao último voto, para devolver a liberdade e o orgulho à nação".
A líder da extrema-direita italiana também se referiu à pandemia de covid-19, garantindo que, se vencer, não haverá qualquer encerramento das atividades.
"Não vamos continuar a ceder às nossas liberdades fundamentais a esses aprendizes de feiticeiro! Vamos defender o direito à saúde em conjunto com os valores fundamentais da nossa civilização", referiu.
Meloni garantiu que, no caso de vencer as eleições legislativas, os "traficantes de seres humanos" terão razões para terem "medo".
"Faremos tudo o que todos os países europeus fazem: defender as fronteiras italianas e defenderemos as fronteiras europeias", insistindo na ideia de que, se o eleitorado lhe der uma maioria, a direita italiana introduzirá um regime presidencialista.
"Ficaremos felizes se a esquerda nos quiser ajudar a tornar as nossas instituições mais eficientes. Mas se os italianos nos derem os votos necessários [para uma maioria], faremos isso de qualquer maneira", declarou.
Tal como os restantes aliados, Salvini e Berlusconi, a líder da extrema-direita italiana prometeu que Itália terá um Governo "sólido e coeso" ao longo dos próximos cinco anos.
"Vamos construir uma nação baseada no mérito e isso é a grande diferença em relação à esquerda, que vê as instituições como suas", acrescentou.
Segundo as últimas sondagens feitas no país, a coligação que integra os Irmãos de Itália, Liga e Força Itália tem quase 20 pontos de vantagem, 46,6%, contra 27,2% dos progressistas.
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