"Viva a Europa, chega desta narrativa antieuropeia. Digo e repito: viva a Europa", afirmou Letta, no seu discurso na La Piazza del Popolo (Praça do Povo, em português), onde quis terminar a sua campanha, lembrando David Sassoli, antigo presidente do Parlamento Europeu, que morreu em janeiro.
Sassoli era considerado uma das grandes referências do partido progressista italiano.
"Somos a esperança quando combatemos as injustiças, quando não construímos muros, obrigado David pelo que nos ensinou. Viva a Itália democrática e progressista", concluiu.
O PD é o segundo partido em termos de intenções de voto, com 21% nas sondagens, enquanto a força de extrema-direita Irmãos de Itália (FdI) e a sua líder, Giorgia Meloni, consolidou a liderança de 25%, sendo que a coligação de direita totaliza 45%, mas a liderada por Letta não chega 30%.
"Esta é a hora das decisões", exclamou Letta, dizendo que "direita italiana nega as alterações climáticas".
"Não vamos permitir que a direita distorça a Constituição", acrescentou, diante dos receios de que com grande maioria a direita possa fazer reformas da Carta Magna, como havia anunciado.
Numa Praça do Povo repleta com as cores vermelha, verde e branca da PD (e da bandeira italiana), mas longe de estar lotada, o presidente da câmara de Roma, Roberto Gualtieri, ficou encarregado de abrir o comício no mesmo palco, onde o partido venceu "com um projeto de mudança, não só para a cidade, mas para todo o país".
Hoje, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, enviou "força e coragem" a Letta.
"Caros colegas do Partido Democrata, caro Enrico, no próximo domingo Itália é convocada para uma eleição muito importante. E quando há eleições, a alternativa é sempre clara: ou avançamos ou voltamos para trás", disse Sánchez numa mensagem de vídeo reproduzida do comício do PD.
Enrico Letta foi primeiro-ministro de Itália entre 2013 e 2014, quando a direção do PD aprovou a formação de um novo Governo.
Leia Também: Itália. Meloni declara que Direita trará o presidencialismo sozinha