Eleições em Itália. Meloni votou pouco antes do fecho das urnas
A candidata da extrema-direita Giorgia Meloni, a grande favorita com o seu partido Irmãos de Itália nas eleições legislativas italianas, votou hoje às 22:35 (21:35 em Lisboa), pouco antes do encerramento das urnas.
© REUTERS
Mundo Itália
Meloni, 45 anos, tinha anunciado que iria votar às 11:00 (10:00 em Lisboa), mas depois de manter os meios de comunicação à espera numa mesa de voto nos arredores de Roma, disse que o faria no final do dia, antes de se dirigir a um hotel para acompanhar a contagem dos votos.
Durante o dia, a candidata só tinha colocado um vídeo nas suas redes sociais, que se tornou viral, no qual Meloni jogava com o seu nome (o plural de melão em italiano) e, segurando dois melões ao peito, piscava um olho e afirmava: "No dia 25 de setembro, eu disse tudo".
A líder da extrema-direita tinha anunciado a mudança de horário "para que os eleitores pudessem exercer o seu direito de voto sem multidões e em paz e sossego".
As mesas de voto italianas abriram hoje às 07:00 horas locais (06:00 em Lisboa) para uma eleição geral que poderá fazer história se, como todas as sondagens indicam, Meloni vencer e se tornar a primeira mulher a chegar ao poder no país.
As sondagens à boca das urnas, que fecharam às 23:00 locais (22:00 em Lisboa), colocam o partido de Giorgia Meloni à frente na corrida eleitoral.
Estas previsões, divulgadas pela agência noticiosa ANSA, dão entre 22% e 26% ao partido de Meloni, enquanto o segundo mais votado é o Partido Democrático, de Enrico Letta, de centro esquerda, com um resultado entre 17% e 21%.
A coligação de direita e extrema-direita, liderada pelo partido Irmãos de Itália, de Meloni, pode obter entre 41% a 45% dos votos, segundo a mesma sondagem.
A sondagem do Consorzio Opinio Italia para a cadeia de televisão Rai, citada pela ANSA, aponta um resultado entre os 25,5% e os 29,5% para o bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, enquanto o Movimento 5 Estrelas terá entre 15,5% e 17,5%.
Segundo a Rai, a sondagem tem uma margem de erro de 3,5%.
Quase 51 milhões de italianos foram chamados às urnas para eleger 600 parlamentares (400 deputados e 200 senadores), o que constitui uma redução significativa em relação aos atuais 945 (630 e 315) adotados numa reforma aprovada em referendo.
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