"Estes ataques são uma violação da soberania e integridade territorial do Iraque e são completamente inaceitáveis", referiu o Ministérios dos Negócios Estrangeiros britânico em comunicado.
Londres acusou o Irão de "destabilizar" a região e instou a república islâmica a terminar "com os bombardeios indiscriminados de cidades curdas".
Também a Alemanha condenou hoje os ataques iranianos contra o Curdistão iraquiano, considerando "inaceitável" a "escalada" de Teerão "no contexto de protestos políticos internos no Irão".
"A escalada iraniana, que já matou nove pessoas e feriu muitas outras, é inaceitável", destacou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, em comunicado.
A diplomacia alemã rejeitou ainda as tentativas claras de "atribuir as causas dos protestos no Irão ao país vizinho", visto que o Curdistão iraquiano abriga vários grupos de oposição iranianos.
"Pedimos ao Irão que respeite a integridade territorial do Iraque e cesse imediatamente seus ataques", acrescentou Berlim.
Pelo menos nove pessoas foram mortas e 32 ficaram feridas num ataque com mísseis e 'drones' efetuado hoje pelo Irão no Curdistão iraquiano contra grupos da oposição iraniana curda, indicou o Ministério da Saúde do Governo regional curdo.
O ataque iraniano atingiu Koya, 65 quilómetros a leste de Irbil, indicou Soran Nuri, membro do Partido Democrático do Curdistão iraniano.
O grupo, conhecido pelo acrónimo KDPI, é uma força da oposição armada de esquerda ilegalizada no Irão.
Os ataques ocorrem num contexto de tensão no Irão, onde decorrem desde 16 de setembro manifestações noturnas diárias pela morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos presa pela polícia da moralidade.
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