Os prémios foram atribuídos a duas ativistas dos direitos humanos da Somália, Fartuun Adan e Ilwad Elman, por "promoverem a paz, a desmilitarização e os direitos humanos" naquele país, contra "o terrorismo e a violência de género", explica a organização do prémio em comunicado hoje divulgado.
De acordo com a mesma fonte, também a defensora dos direitos humanos, a ucraniana Oleksandra Matviichuk, e o Centro para as Liberdades Civis (CCL), que dirige, foram hoje premiados por "construir instituições democráticas sustentáveis na Ucrânia e criar um processo para responsabilização internacional por crimes de guerra".
O galardão foi também atribuído à Central de Cooperativas de Lara, Cecosesola, uma rede de cooperativas comunitárias venezuelana que fornece bens e serviços acessíveis em todo país.
O prémio dado a esta instituição foi justificado pelo júri internacional com o estabelecimento de "um modelo económico equitativo e cooperativo como alternativa robusta às economias voltadas para o lucro".
Por fim, foi premiado a organização ambiental ugandesa Instituto Africano para a Governação da Energia "pelo seu trabalho corajoso pela justiça climática e direitos comunitários violados por projetos de extração de energia no Uganda".
Criado em 1980 pelo biólogo estoniano Jakob Von Uexküll (1864-1944), o prémio é atribuído anualmente no parlamento sueco, normalmente a 9 de dezembro, para homenagear e apoiar pessoas que "trabalham na procura e aplicação de soluções para as mudanças mais urgentes e necessárias do mundo atual".
Um júri internacional decide o prémio em âmbitos como Proteção Ambiental, Direitos Humanos, Desenvolvimento Sustentável, Saúde, Educação ou Paz e os vencedores, habitualmente quatro por ano, repartem um total de cerca de 185 mil euros.
Até agora, já foram laureados 190 nomes, de 74 países, incluindo Edward Snowden (Estados Unidos da América), Denis Mukwege (República Democrática do Congo) e Greta Thunberg (Suécia).
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