As forças ucranianas cercaram, este sábado, uma cidade estratégica para os russos na região de Donetsk, onde retomaram o controlo de cinco aldeias.
De acordo com o porta-voz das forças militares do leste da Ucrânia à televisão ucraniana, Serhii Cherevatyi, Lyman, que durante meses serviu de ponto central de logística e transporte das operações russas, está cercada.
Há entre 5.00 e 5.500 soldados russos na zona de Lyman, de acordo com Cherevatyi.
"Alguns estão a render-se, têm muitos mortos e feridos, mas a operação ainda não acabou", ressalva o porta-voz
Se a cidade-chave for capturada pelos ucranianos, este será o maior avanço para o país invadido desde que retomou Kharkiv e permitirá ainda um avanço em direção a Lugansk.
"Lyman é importante porque é o próximo passo para a libertação do Donbass ucraniano. É uma oportunidade de ir mais longe para Kreminna e Severodonetsk, e é muito importante psicologicamente", explicou Cherevatyi.
"Os soldados russos baseados em Lyman abordaram os seus superiores com um pedido de retirada, mas este foi rejeitado", acrescentou o porta-voz, segundo a agência espanhola EFE.
O governador da região vizinha de Lugansk, Serguei Gaidai, escreveu nas redes sociais que os soldados russos cercados têm como opções "fugir, morrer juntos ou render-se", noticiou a AFP.
O porta-voz do exército ucraniano disse que quase todas as rotas de fuga ou de fornecimento de munições das forças russas na zona estão bloqueadas.
Refira-se que as forças ucranianas conseguiram retomar Kharkiv no início de setembro, levando a uma retirada à pressa das forças russas que, por sua vez, deixaram para trás muito material militar aproveitado pelos ucranianos.
Após a retomada deste território, foram encontradas várias provas de crimes de guerra, nomeadamente a descoberta de 10 câmaras de tortura.
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