A captura de Abdullahi Nadir era objeto de uma recompensa de três milhões de dólares por parte dos Estados Unidos e o governo somali descreveu-o como "um dos membros mais importantes do al-Shabab".
Foi morto sábado, na aldeia de Haramka, na região de Middle Jubba, segundo a declaração governamental divulgada hoje. Abdullahi tinha estado próximo do antigo emir de al-Shabab, Ahmed Abdi Godane, e do atual líder Ahmed Diriye.
"A sua morte é um espinho retirado da nação somali e o povo somali será aliviado da sua má orientação e dos seus atos horríveis", refere a declaração, acrescentando que Nadir tinha estado em posição de suceder ao atual líder do al-Shabab.
O presidente da Somália declarou recentemente "guerra total" contra a organização, que tem milhares de combatentes e controla grandes partes do sul e centro da Somália. O grupo apoia-se, em parte, "taxando" ou extorquindo residentes, empresários e viajantes, de acordo com os residentes.
O al-Shabab, um grupo filiado desde 2012 na rede Al Qaeda, realiza frequentemente ataques terroristas na capital somali, Mogadíscio, e outras partes da Somália para derrubar o governo central - apoiado pela comunidade internacional - e estabelecer pela força um estado islâmico ao estilo Wahhabi (ultraconservador).
O grupo jihadista controla áreas rurais no centro e sul da Somália e também ataca países vizinhos, como o Quénia e a Etiópia.
A Somália encontra-se em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de milícias e senhores da guerra islâmicos
Leia Também: Exército da Somália mata 45 presumíveis extremistas do Al Shabab