Segundo o gabinete do primeiro-ministro japonês, pelo menos um míssil foi disparado pela Coreia do Norte, sobrevoou o Japão e acredita-se que tenha caído no Oceano Pacífico.
A mesma fonte acrescentou que as autoridades emitiram um alerta aos moradores das regiões do nordeste para saírem dos prédios próximos, naquele que foi o primeiro alerta desse tipo em cinco anos.
A circulação ferroviária foi temporariamente suspensa nas regiões japonesas de Hokkaido e Aomori, tendo as operações sido retomadas mais tarde, após o aviso do governo de que o míssil norte-coreano parecia ter caído no Pacífico.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul referiu que também detetou o lançamento de um míssil balístico, que foi disparado em direção às águas orientais do norte, sem acrescentar mais detalhes, como a distância que este percorreu.
Os mísseis disparados durante os últimos quatro testes foram de curto alcance e caíram nas águas entre a Península Coreana e o Japão, sendo que estes mísseis são capazes de atingir alvos na Coreia do Sul.
O lançamento é a quinta ronda de testes de armas da Coreia do Norte nos últimos dez dias e tem sido associada como uma resposta aos exercícios militares entre o Japão, a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
Seul, Tóquio e Washington realizaram em 30 de setembro exercícios anti-submarinos trilaterais pela primeira vez em cinco anos, dias das forças navais dos EUA e da Coreia do Sul realizaram manobras em larga escala fora da península.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, esteve em Seul em 29 de setembro e visitou a Zona Desmilitarizada (DMZ) entre as duas Coreias, numa viagem para destacar o compromisso "inabalável" de Washington em defender a Coreia do Sul contra o Norte.
A Coreia do Norte, que está sujeita a sanções da ONU pelo seu programas de armas, procura habitualmente maximizar o impacto geopolítico de seus testes, escolhendo o momento que parece mais oportuno.
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