A proposta será debatida ao longo do 52.º período ordinário de sessões da Assembleia Geral da OEA, que decorre até sexta-feira e foi apresentada pela missão permanente de Antígua e Barbuda, com o apoio das Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Dominica, Granada, México, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, e Trindade e Tobago.
O projeto propõe revogar a aceitação de um representante permanente nomeado pela Assembleia Nacional venezuelana (eleita em 2015 e liderada pela oposição) e ter em conta que a Venezuela não é membro da OEA desde 2017.
No entanto, em 2019, a OEA concedeu a Gustavo Tarre Briceño o estatuto de "representante permanente" de Juan Guaidó.
Para que o estatuto seja levantado são necessários 18 votos dos 34 países que fazem parte da OEA.
Em novembro de 2021, na anterior Assembleia Geral da OEA, o México, a Argentina e a Bolívia rejeitaram a presença do representante da oposição venezuelana e, segundo a imprensa, vários países estão a advertir que não aprovarão as resoluções em que Gustavo Tarre Briceño esteja presente.
Entretanto, o representante da oposição venezuelana emitiu um comunicado confirmando que não participaria na Assembleia Geral da OEA.
Por outro lado, a equipa de Juan Guaidó, divulgou também um comunicado onde explica que em 2017 o Governo do Presidente, Nicolás Maduro, denunciou a Carta da OEA e que em 2019 a oposição venezuelana decidiu deixar sem efeito a decisão de Caracas de abandonar a organização e continuar a fazer parte daquele organismo, decisão que foi acompanhada pelo Conselho Permanente que votou para reconhecer Gustavo Tarre Briceño como a voz da Venezuela.
"Para evitar que se gere novamente esse debate e para assegurar que o nosso trabalho e o da OEA não seja afetado, decidimos que seria melhor não participar nesta sessão da Assembleia Geral. Para tal, assegurámos que os nossos objetivos se reflitam nas várias resoluções que vão ser adotadas e nas declarações que sejam assinadas", explicou em comunicado.
A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando o então presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de Presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um Governo de transição e eleições livres e democráticas.
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