O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) considerou, esta quinta-feira, que a central nuclear de Zaporíjia é uma infraestrutura ucraniana.
"Isto é algo que está relacionado com o direito internacional. Queremos que a guerra acabe já, e claro que a posição da AIEA é a de que estas instalações são da Ucrânia", afirmou Rafael Grossi, em declarações aos jornalistas em Kyiv, onde está desde ontem.
Após as conversações na capital ucraniana, está previsto que o responsável pela AIEA - organização que pertence às Organização das Nações Unidas - siga para Moscovo, na Rússia, por forma a conversar com alguns responsáveis.
As instalações da central nuclear - a maior da Europa - têm sido alvo de alguns bombardeamentos e incidentes, decorrentes da guerra na Ucrânia. No início de setembro foi permitido que uma equipa da AIEA se deslocasse ao local, tendo esta considerado que a "integridade física da central" tinha sido violada.
Dado o risco de um incidente nuclear, que já fez a China mudar de tom quanto à Rússia, estas conversas e ponderações são consideradas urgentes.
A central nuclear foi capturada no início de março e, na última quarta-feira - na sequência da anexação ilegal por parte de Moscovo -, responsáveis russos consideraram de assumir o controlo administrativo da central. O local continua com alguns funcionários e haverá a possibilidade de, nos próximos tempos, ser reativado um dos seis reatores nucleares que foram, desde que a guerra começou, desligados.
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