Embaixador ucraniano na ONU acusa Rússia de ser "Estado terrorista"

O embaixador da Ucrânia na ONU acusou hoje a Rússia de ser um "Estado terrorista", numa reunião de emergência na Assembleia-Geral das Nações Unidas sobre as anexações russas, algumas horas após os mortais ataques contra cidades ucranianas.

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Lusa
10/10/2022 22:43 ‧ 10/10/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"A Rússia provou mais uma vez que é um Estado terrorista que deve ser dissuadido da maneira mais forte possível", disse Sergíy Kyslytsya, perante o corpo diplomático presente na Assembleia-Geral.

O embaixador ucraniano disse ainda que alguns dos seus familiares estavam em perigo e incapazes de se protegeram num abrigo antiaéreo.

"O mundo inteiro viu mais uma vez a verdadeira face de um Estado terrorista que está a matar o nosso povo", acrescentou o diplomata ucraniano, apresentando um balanço de 14 civis mortos e 97 feridos depois dos ataques russos de hoje.

"Alvejar deliberadamente civis com o lançamento de mísseis é um crime de guerra", acusou Kyslytsya.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas reuniu-se hoje para discutir a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, sendo esperada posteriormente a votação de uma resolução que condene a ação de Moscovo.

A votação da resolução que condena a anexação de territórios ucranianos pela Rússia será feita de forma pública e não secreta, após receber 107 votos favoráveis nesse sentido.

A reunião de emergência de hoje surge na sequência de um veto imposto por Moscovo numa resolução que foi a votos no passado dia 30 de setembro, no Conselho de Segurança da ONU, e que condenava os referendos organizados nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, no leste e sul da Ucrânia, e a sua consequente anexação pela Federação Russa.

Contudo, os países aproveitaram a ocasião para se manifestarem também sobre os ataques de mísseis em larga escala lançados hoje pela Rússia contra cidades ucranianas.

A Rússia bombardeou hoje várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando "uma manhã muito dura" no país, como afirmou o Presidenre ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Segundo Zelensky, os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.

O último balanço dos bombardeamentos dá conta de pelo menos 14 mortos e 97 feridos.

Leia Também: Assembleia-geral da ONU aprova votação pública sobre anexações russas

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