"A Rússia provou mais uma vez que é um Estado terrorista que deve ser dissuadido da maneira mais forte possível", disse Sergíy Kyslytsya, perante o corpo diplomático presente na Assembleia-Geral.
O embaixador ucraniano disse ainda que alguns dos seus familiares estavam em perigo e incapazes de se protegeram num abrigo antiaéreo.
"O mundo inteiro viu mais uma vez a verdadeira face de um Estado terrorista que está a matar o nosso povo", acrescentou o diplomata ucraniano, apresentando um balanço de 14 civis mortos e 97 feridos depois dos ataques russos de hoje.
"Alvejar deliberadamente civis com o lançamento de mísseis é um crime de guerra", acusou Kyslytsya.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas reuniu-se hoje para discutir a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, sendo esperada posteriormente a votação de uma resolução que condene a ação de Moscovo.
A votação da resolução que condena a anexação de territórios ucranianos pela Rússia será feita de forma pública e não secreta, após receber 107 votos favoráveis nesse sentido.
A reunião de emergência de hoje surge na sequência de um veto imposto por Moscovo numa resolução que foi a votos no passado dia 30 de setembro, no Conselho de Segurança da ONU, e que condenava os referendos organizados nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, no leste e sul da Ucrânia, e a sua consequente anexação pela Federação Russa.
Contudo, os países aproveitaram a ocasião para se manifestarem também sobre os ataques de mísseis em larga escala lançados hoje pela Rússia contra cidades ucranianas.
A Rússia bombardeou hoje várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando "uma manhã muito dura" no país, como afirmou o Presidenre ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Segundo Zelensky, os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.
O último balanço dos bombardeamentos dá conta de pelo menos 14 mortos e 97 feridos.
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