"Os comboios vão circular duas vezes por dia", assegurou o diretor da ferrovia de Izium, Andrei Gadiatsky.
Para alguns habitantes da região, trata-se do caminho para finalmente poder ter acesso às necessidades básicas.
"Isso vai-lhes permitir ir a Kharkiv usar os seus cartões bancários", disse Gadiatsky.
No início da guerra, Izium sofreu intensos bombardeamentos do Exército russo, que acabou por ocupar a cidade em abril até ser recapturada, em setembro, pelas tropas ucranianas.
Após a retirada dos russos, a descoberta de uma vala comum e de cadáveres de vítimas de tortura fizeram da cidade um símbolo de alegadas atrocidades cometidas pelos ocupantes.
Hoje, Izium encontra-se novamente ligada à capital regional, Kharkiv, pela linha ferroviária, com paragens em antigas cidades da linha da frente, como Savyntsi, Tsyganska e Balakliya.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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