Num final de um encontro com Umaro Sissoco Embaló, que assume a presidência rotativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Mahamat Saleh Annadif explicou que veio perceber como a CEDEAO e a ONU podem trabalhar com os países com autoridades de transição, nomeadamente a Guiné-Conacri, Mali e Burkina Faso.
Mahamat Saleh Annadif afirmou que veio "saber dos desafios, progressos" e de que maneira as Nações Unidas podem "ajudar a facilitar os processos de transição" naqueles países.
Segundo o representante do secretário-geral da ONU para a África Ocidental e o Sahel, o encontro serviu também para falarem da última missão da CEDEAO enviada ao Burkina Faso.
O chefe de Estado guineense tinha convocado uma cimeira extraordinária da CEDEAO para esta semana para debater a segurança sub-regional e a situação no Mali, Burkina Faso e a Guiné-Conacri, mas o encontro foi adiado.
Segundo fontes diplomáticas, a cimeira extraordinária da CEDEAO foi adiada, depois do "sucesso" da missão enviada ao Burkina Faso e das decisões tomadas durante uma outra cimeira extraordinária realizada, em setembro, em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.
As autoridades consideraram ser preferível aguardar, acompanhar a evolução das coisas e só depois fazer a cimeira.
Desde 2020, a região da CEDEAO, que conta com 15 países-membros, tem assistido a uma onda de golpes de Estado, nomeadamente no Mali, na Guiné-Conacri e no Burkina Faso e, alarmada com o risco de contágio a outras nações da zona, tem multiplicado mediações e pressões, nomeadamente através de sanções, para o regresso do poder aos civis nestes países.
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