"O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação reiterou a solidariedade de Moçambique para com o povo ucraniano, bem como o desejo de que a paz regresse rapidamente ao território", anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (Minec) em comunicado.
O vice-ministro Manuel Gonçalves recebeu em Maputo uma delegação chefiada por Maksym Subkh, enviado especial da Ucrânia para África.
Moçambique tem optado pela abstenção nas resoluções das Nações Unidas que condenam a ação da Rússia.
Hoje, Gonçalves expressou "a necessidade de conjugação de esforços com vista à busca de uma solução negociada do conflito", exortando "todas as partes interessadas" a empenharem-se no "diálogo para o fim da guerra na Ucrânia".
O governante moçambicano assegurou o empenho de Moçambique, "quando assumir o assento de membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no apoio às iniciativas conducentes a uma solução negociada e pacífica" do conflito.
Maksym Subkh disse esperar "sucessos" no exercício daquele mandato, acrescenta o comunicado do Minec.
"Os dois vice-ministros acordaram continuar a trabalhar em conjunto, visando o reforço da cooperação" e assumiram a vontade de reforçar "a base jurídica que regula a cooperação bilateral, tendo se comprometido a concluir um Acordo Geral de Cooperação", concluiu.
Maksym Subkh está a dar continuidade a um périplo por África iniciado na última semana pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, circuito que interrompeu na segunda-feira para regressar a Kiev, devido à escalada de tensão no conflito.
Em declarações à Lusa na quinta-feira, Kuleba fez referência à visita do seu vice-ministro a Maputo, em busca de uma "conversa honesta", mesmo que tal não signifique de imediato que Moçambique troque a abstenção pela condenação da Rússia.
Também hoje, o vice-presidente do parlamento ucraniano, Oleksandr Korniyenko, foi recebido pela presidente da Assembleia da República moçambicana, referindo que a Ucrânia "vai precisar da máxima assistência possível de parceiros" e " especialmente de Moçambique, que foi eleito como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU".
O país lusófono vai ocupar o lugar a partir de 01 de janeiro durante o período 2023-2024.
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