A cidade de Kyiv foi atacada esta segunda-feira, sendo que a Rússia é acusada de ter usado drones Kamikaze. Do ataque resultaram oito mortos e, para a Ucrânia, os equipamentos têm origem iraniana.
Mas o que são, afinal, estes equipamentos?
Não são novidade, sendo que o os Shahed-136 serão usados pela Rússia desde setembro, mas agora com mais intensidade.
Segundo o The Guardian, são drones de 200 quilos, normalmente lançados aos pares, e com alcance de cerca de 2 mil km embora, na realidade, acredite-se que esteja mais próximo de várias centenas. O especialista do jornal acrescenta ainda que as forças ucranianas tiveram dificuldade em rastreá-los.
Capazes de permanecer no ar por várias horas e circular sobre os alvos, os drones são projetados para serem lançados contra tropas, armaduras ou edifícios inimigos, explodindo no impacto - daí o nome Kamikaze. Custam 20 mil euros cada e têm um pequeno motor a hélice, que atinge velocidades até 185 quilómetros por hora e transporta 40 quilos de explosivos.
Na segunda-feira, o Ministério da Defesa da Ucrânia dizia que o exército ucraniano já tinha abatido 37 equipamentos. “Nas últimas 13 horas, o exército ucraniano abateu 37 drones Shahed–136 iranianos e três mísseis cruzeiro lançados pelos terroristas russos”, lia-se na mensagem.
Kyiv diz que a Rússia comprou 2.400 drones Kamikaze ao Irão e que começaram a ser entregues em agosto e setembro. Já o Irão rejeitou as acusações de ter fornecido armas “para serem usadas na guerra na Ucrânia”, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian.
No final de setembro, a Ucrânia retirou as credenciais do embaixador iraniano em Kyiv e anunciou uma redução significativa da presença diplomática iraniana. Hoje, O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, propôs hoje ao Presidente, Volodymyr Zelensky, o rompimento das relações diplomáticas com o Irão pelo fornecimento de 'drones' suicidas à Rússia.
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