Num comunicado divulgado horas após os disparos de terça-feira, os militares norte-coreanos disseram que ordenaram às unidades no leste e oeste do país que disparassem "tiros ameaçadores e de advertência" em direção ao mar.
Segundo um porta-voz do Estado-Maior da Coreia do Norte, o objetivo foi servir como "uma poderosa contramedida militar" a exercícios militares do Sul junto à fronteira leste, algo que Pyongyang chamou de "provocação".
"A situação na península coreana está a piorar devido às repetidas provocações militares dos inimigos na área avançada", sublinhou o comunicado.
"Os inimigos devem parar imediatamente as provocações imprudentes e incitadoras que aumentam a tensão militar", acrescentou o porta-voz militar norte-coreano.
A Coreia do Norte acrescentou ter detetado ontem dezenas de projéteis disparados pelo Sul a partir de diversos locais, durante mais de sete horas.
Na terça-feira, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul avançou que o regime de Pyongyang disparou cerca de 100 projéteis na costa oeste e 150 na costa leste, sem registo de confrontos diretos.
Esta é a segunda vez que a Coreia do Norte dispara projéteis nas zonas de fronteira desde sexta-feira, quando disparou centenas de projéteis, em violação direta de um acordo de 2018.
Na segunda-feira, as forças militares da Coreia do Sul iniciaram exercícios de campo, de 12 dias, para aprimorar as capacidades operacionais em resposta a vários tipos de provocações norte-coreanas, em que também participam forças norte-americanas.
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