Vodka oferecida por Putin a Berlusconi viola sanções europeias
Um pacote de sanções da UE acordado em abril estendeu a proibição de importação de produtos russos para incluir destilados.
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Mundo Rússia
As 20 garrafas de vodca enviadas ao italiano Silvio Berlusconi como presente de aniversário do presidente russo, Vladimir Putin, violam as sanções europeias impostas após a invasão da Ucrânia, disse a Comissão Europeia nesta quinta-feira, citada pela Reuters.
O ex-primeiro-ministro Berlusconi - cujo partido Forza Italia deve ser membro do novo governo de coalizão da Itália - causou polémica nesta semana quando disse que voltou a ter contacto com Putin e recentemente trocou "cartas gentis" com ele.
"Depois de muito tempo, retomei um pouco as relações com o presidente Putin, que no meu aniversário [29 de setembro] me enviou 20 garrafas de vodka e uma carta muito gentil. Retorqui com garrafas de [vinho] Lambrusco e um menu igualmente suave", adiantou, numa cerimónia à porta fechada com militantes do Força Itália, segundo um áudio transmitido pela agência 'LaPresse'.
Um pacote de sanções da União Europeia acordado em abril estendeu a proibição de importação de produtos russos para incluir destilados, incluindo vodka, disse um porta-voz da Comissão em comunicado, acrescentando que não há isenção para presentes.
No entanto, cabe aos estados membros implementar as sanções, acrescentou, e não ficou claro se alguma ação seria tomada pelas autoridades italianas para prosseguir com o caso.
Berlusconi está a participar nas negociações para a formação do próximo Governo, junto dos seus parceiros de coligação de direita e extrema-direita, Matteo Salvini (Liga) e Giorgia Meloni (Irmãos de Itália), esta última vencedora das eleições legislativas de 25 de setembro.
Salvini é admirador de Putin há vários anos, e Berlusconi considera-se seu amigo, enquanto Meloni, provavelmente a próxima primeira-ministra, declarou a sua determinação em continuar a apoiar a resistência ucraniana.
Berlusconi já havia dado a sua opinião em várias ocasiões desde que o Kremlin invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, tendo gerado polémica.
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