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Meloni toma posse como primeira-ministra jurando cumprir a Constituição

A líder dos Irmãos de Itália (de extrema-direita), Giorgia Meloni, tomou hoje posse como primeira-ministra, tornando-se a primeira mulher a assumir este cargo na história do país.

Meloni toma posse como primeira-ministra jurando cumprir a Constituição
Notícias ao Minuto

11:18 - 22/10/22 por Lusa

Mundo Itália

"Juro ser fiel à República, cumprir lealmente a Constituição e as leis e exercer o meu mandato e as minhas funções no interesse exclusivo da nação", disse Meloni perante o Presidente da República, numa cerimónia que teve lugar no Salão das Festas do Palácio do Quirinal, em Roma.

De seguida, Giorgia Meloni assinou o decreto da sua nomeação e cumprimentou o Presidente da República, Sérgio Mattarella, colocando-se à sua esquerda para presidir ao juramento dos seus 24 ministros.

Os primeiros a fazê-lo foram os seus dois vice-presidentes, Matteo Salvini e Antonio Tajani, líderes, respetivamente, da Liga, de extrema-direita, e do conservador Força Itália, os dois partidos da coligação de direita que venceu as eleições de 25 de setembro.

Salvini terá também a pasta das Infraestruturas e Mobilidade Sustentável, enquanto Tajano tutelará os Negócios Estrangeiros.

O juramento contou com a presença de todos os ministros e, como manda o protocolo, do subsecretario da Presidência do Governo, Alfredo Mantovano, um dos cargos mais influentes do executivo e que tomará posse durante o primeiro Conselho de Ministros, que terá lugar no domingo.

Do total de 24 ministérios e um subsecretário da Presidência (Alfredo Mantovano) do Governo de Meloni, oito serão para o seu partido, quatro para a Liga e seis para o Força Itália, ao passo que seis serão ocupados por técnicos.

A passagem do poder entre Draghi e Meloni decorrerá no domingo às 08:30 TMG (09:30 de Lisboa) no palácio Chigi, sede do Governo, seguindo-se-lhe o primeiro conselho de ministros.

Eurocética notória, Meloni desistiu de fazer campanha pela saída de Itália do euro, mas prometeu defender mais os interesses do seu país em Bruxelas -- numa altura em que o crescimento depende dos quase 200 mil milhões de euros de subsídios e empréstimos concedidos pela UE a Itália, no âmbito do seu fundo de recuperação pós-pandemia de covid-19.

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