Em dezembro passado, Nicolas Sarkozy foi condenado a um ano de prisão com pulseira eletrónica, no âmbito do chamado caso das escutas telefónicas. A pulseira ser-lhe-á colocada hoje, dia 7 de fevereiro, avança a BFMTV.
O antigo presidente francês foi acusado de corrupção e tráfico de influências, a 18 de dezembro.
A partir de agora, Sarkozy poderá sair de casa entre as 8 horas e as 20 horas, e até às 21h30 desde que com autorização, nos dias do julgamento.
Note-se que esta sanção trata-se de um castigo sem precedentes para um antigo chefe de Estado.
Nicolas Sarkozy foi considerado culpado de ter celebrado, em 2014, um "pacto de corrupção" com Gilbert Azibert, juiz de primeira instância do Tribunal de Cassação, juntamente com o seu advogado de longa data, Thierry Herzog.
Este pacto foi feito em troca de um "incentivo" prometido a Gilbert Azibert para um cargo honorário no Mónaco, com os três envolvidos a receberem a mesma pena e o advogado a ser proibido de usar o manto preto durante três anos.
O objetivo era que o juiz transmitisse informações e tentasse influenciar um recurso apresentado por Nicolas Sarkozy no caso Bettencourt - que envolvia doações feitas ao partido de direita União por um Movimento Popular (UMP) pela herdeira do grupo L'Oréal, Liliane Bettencourt (falecida em 2017), em que a justiça retirou entretanto as acusações.
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