No seu discurso ao parlamento - onde vai receber hoje um voto de confiança seguido de outro, na quarta-feira, do Senado, legitimando oficialmente o seu poder -- Meloni sublinhou que "a Itália faz parte do Ocidente, o berço da liberdade e da democracia".
Por isso, adiantou, a Itália vai continuar a ser "um parceiro confiável da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]", que apoia a Ucrânia com formação e equipamento na guerra contra a Rússia.
Apesar de liderar um partido eurocético -- o Irmãos de Itália -, Giorgia Meloni, assegurou que a intenção "não é impedir ou sabotar a integração europeia", mas sim fazer funcionar melhor a máquina comunitária.
A nova primeira-ministra avisou ainda os deputados que a situação em Itália não "permite perder tempo", agradecendo ao seu antecessor, Mario Draghi, por possibilitar uma rápida passagem do poder, apesar de o Irmãos de Itália ter sido a única força de oposição do Governo anterior.
No seu discurso, Meloni agradeceu também ao Presidente, Sergio Mattarella, por tê-la escolhido como primeira-ministra, na sequência da vitória do partido Irmãos de Itália, nas eleições de 25 de setembro, afirmando que "este é um momento fundamental para a democracia".
Meloni agradeceu também aos seus parceiros de coligação, o partido Liga, liderado por Matteo Salvini, e o partido conservador Força Itália, de Silvio Berlusconi, por permitirem formar um Governo num tempo quase recorde.
Os agradecimentos "mais sinceros" foram, no entanto, enviados "para o povo italiano, o único soberano", segundo referiu Meloni, defendendo que os países que avisaram que irão manter-se "vigilantes" aos movimentos de um Governo de direita e extrema-direita "não estão a respeitar o povo italiano".
A nova líder do executivo italiano admitiu ao parlamento que sente nos seus ombros "o peso de ser a primeira mulher no cargo de primeira-ministra em Itália", mas garantiu que irá manter as promessas que fez na campanha "mesmo que algumas pessoas possam não gostar".
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