O Ministério da Defesa russo anunciou esta sexta-feira que a mobilização militar parcial de reservas está agora completa, tendo sido recrutados mais de 300 mil homens para combater na guerra na Ucrânia.
Segundo o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, citado pela Sky News, 82 mil recrutas já estão na Ucrânia, enquanto que 218 mil estão em processo de completar o treino.
A mobilização foi anunciada em setembro pelo presidente Vladimir Putin, levando dezenas de milhares de russos a tentar fugir do país, por via aérea e terrestre, criando filas enormes nas fronteiras com a Finlândia, a Geórgia, entre outros.
Em vários locais da Rússia houve também incidentes de insurgência contra o recrutamento obrigatório, nomeadamente no Daguestão, com os civis a resistirem às autoridades.
O Kremlin disse, na altura, que a chamada era para homens com experiência militar, mas o regime foi criticado até por figuras da propaganda russa nas televisões, quando relatos de civis arrastados para autocarros começaram a circular.
Várias organizações internacionais alertaram para a falta de experiência militar que os milhares de homens chamados têm, além das fracas condições em que se encontra o armamento russo. As forças ucranianas alegam que já morreram em combate cerca de 70 mil soldados russos - um número que o Kremlin contesta.
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