Polémica com transporte de eleitores marca eleições no Brasil. TSE reage
Foram feitas mais de 500 fiscalizações a autocarros que transportavam eleitores, algo que tinha sido proibido pelo TSE.
© Reuters
Mundo Eleições no Brasil
No dia em que o Brasil decide o próximo presidente do país, há já uma polémica em torno da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o transporte público de eleitores.
Em causa está o facto de serem sido feitas várias denúncias de operações nas estradas, sobretudo no nordeste do país, que terão dificultado a circulação de eleitores, num dia em que a generalidade dos transportes públicos são gratuitos para garantir que as pessoas conseguem deslocar-se para votar.
Contudo, no sábado, o juiz e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil, Alexandre de Moraes, havia proibido a realização de operações da PRF contra os veículos que transportavam eleitores. Esta decisão foi tomada a pedido de um deputado do PT, que acusou o governo e o ministério da Justiça de usarem as polícias federais para beneficiar Jair Bolsonaro.
Segundo um relatório interno da PRF, citado pelo G1, mais de 500 operações foram desencadeadas para fiscalizar autocarros com eleitores.
O TSE já pediu explicações à PRF e convocou o seu diretor, Silvinei Vasques, enquanto a campanha de Lula já pediu a detenção de "todos os envolvidos" neste descumprimento.
Face a esta polémica, houve quem pedisse que as urnas fechassem mais tarde no Brasil. Contudo, Alexandre de Moraes descartou esta hipótese.
"Não houve nenhum prejuízo no exercício do direito de voto e logicamente não haverá nenhum adiamento do término do horário da votação. A votação termina às 17h como planeado", disse, numa declaração de imprensa.
"Não houve prejuízo aos eleitores no seu exercício do direito de voto", acrescentou ainda, justificando que estas informações lhe foram concedidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais.
O responsável reiterou que os eleitores parados pelas operações da PRF conseguiram votar.
"Os autocarros prosseguiram até o final e os eleitores votaram. Foi determinado que todas as operações cessassem para que eleitores não tenham atraso (...) É importante salientar que não houve retorno à origem dos eleitores, eles prosseguiram até a seção eleitoral e votaram", rematou.
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