Os generais russos terão dado ordem aos seus subordinados para, alegadamente, abaterem os militares que quisessem ou ameaçassem abandonar as suas posições, no âmbito da guerra na Ucrânia. A informação consta no mais recente relatório diário da Inteligência do Reino Unido.
"Recentemente, generais russos queriam que os seus comandantes usassem armas contra os desertores, incluindo possivelmente autorizar tiros para os matar, após estes terem sido avisados", adianta o documento, que acrescenta que "os generais também queriam manter posições defensivas até a morte".
Contudo, adianta-se ainda, "a tática de disparar contra os desertores" provavelmente "atesta a baixa qualidade, a baixa moral e a indisciplina das forças russas".
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 04 November 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) November 4, 2022
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Lançada em 24 de fevereiro, a ofensiva russa na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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