Numa declaração, Ziadeh apelou às partes envolvidas para que atuem responsavelmente a fim de evitar que possa haver "consequências não intencionais", e que voltem ao diálogo para tentar normalizar as relações bilaterais.
As tensões têm aumentado entre os dois países, principalmente devido à exigência do Kosovo de que os sérvios kosovares sejam obrigados a utilizar placas de matrícula oficiais, em vez de placas de matrícula sérvias.
Os sérvios do Kosovo recusam-se a cumprir a ordem imposta pelo governo kosovar para alterar as matrículas.
Na quinta-feira, Pristina demitiu o diretor sérvio da polícia na parte norte do país, onde se concentra a minoria sérvia, por se ter oposto à ordem das matrículas.
Este movimento causou grande descontentamento entre os sérvios do Kosovo e Belgrado, que acusam o governo do ultranacionalista Albin Kurti de violar, em várias medidas, os acordos alcançados até agora no processo de diálogo patrocinado pela União Europeia (UE).
No dia 2 do mês passado, as forças armadas da Sérvia elevaram o seu nível de alerta face às tensões e após relatos da presença de 'drones' (aeronaves não-tripuladas) na fronteira com o Kosovo, alegadamente a espiarem instalações militares sérvias.
A fim de evitar as tensões sobre as placas das matrículas, os EUA e a UE pediram a Pristina que prorrogasse por dez meses o prazo para a sua alteração, o que Kurti rejeita.
A chefe da missão da ONU no Kosovo pede na mensagem hoje divulgada "calma e contenção, e apela às partes para que protejam as conquistas até à data".
"Não há alternativa ao diálogo para ultrapassar desacordos e evitar mal-entendidos que possam aumentar ainda mais as tensões", acrescentou Ziadeh.
Kosovo, uma antiga província sérvia cuja população é maioritariamente muçulmana, declarou-se independente em 2008, mas a Sérvia não reconhece a sua soberania.
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