"Tendo analisado as provas recolhidas até agora, e embora haja fortes evidências que indicam que a saúde mental [do suspeito] é certamente um fator, estou convencido de que as ações do suspeito foram motivadas, sobretudo, pelo extremismo ideológico, o que corresponde à definição de ato terrorista ", disse o oficial da polícia antiterrorista britânica, Tim Jacques, em comunicado enviado à comunicação social.
No passado domingo, por volta das 11:20 (mesma hora em Lisboa), vários dispositivos incendiários foram lançados num centro de acolhimento de migrantes, em Dover, no sul de Inglaterra.
O suspeito tinha chegado sozinho de carro, antes de lançar os engenhos.
Dois agentes ficaram levemente feridos e 700 migrantes tiveram e ser escoltados temporariamente para outro local.
O ataque ocorreu numa altura em que o Reino Unido regista um número 'recorde' de chegadas de migrantes à costa sul do país, em pequenos barcos, tendo quase 40.000 migrantes já feito a perigosa travessia do Canal da Mancha, desde o início do ano, muito mais do que em 2021.
O suspeito, Andrew Leak, um homem de 66 anos que vive em High Wycombe, a noroeste de Londres, foi encontrado morto no carro logo após o ataque.
Os elementos da investigação recolhidos até agora "sugerem que houve uma motivação de extrema-direita por trás deste ataque", explicou a polícia antiterrorista, na nota hoje enviada.
"Atualmente, não há nada que sugira que o homem envolvido tenha trabalhado com outras pessoas e nada que sugira a existência de uma ameaça mais ampla", especificou ainda a polícia.
Leia Também: Autoridades espanholas retomam buscas por 10 desaparecidos no mar